Um acontecimento
inusitado naquela quarta de manhã.
Viagem para Salvador
resolvida, passagem nos eixos, check in
realizado via internet, em casa, como
manda a boa regra da vida moderna, e lá vamos nós para o aeroporto.
Despachadas as
bagagens, chamada para embarque, apresentamo-nos devidamente na fila de
prioridade e seguimos para o avião que vimos no pátio. Conosco, por puro acaso,
uma senhora que conhecíamos e que ia também para Salvador.
Sentados,
acomodados, eis que chega um senhor para o assento onde já estava meu marido.
Checamos os números, ambos corretos, acionados os comissários, vimos que o
nosso avião era outro. Tomamos o bonde errado...ô, amolação!
Saímos depressa, sob gozações
de alguns passageiros conhecidos, mas sem achar graça alguma naquele episódio.
Ao contrário, danados da vida com a falta de informação que beira a falta de
respeito dessas empresas aéreas com os passageiros. No momento do embarque, e
fomos os primeiros daquela fila, o único avião à vista era aquele que tomamos.
Depois me lembrei de que aeronave certa estava no pátio, mas com um enorme
caminhão na frente. Claro, nunca iria me imaginar embarcando ali. No momento,
não tive dúvidas, encaminhei-me ao outro, levando a erro meu marido e a outra senhora.
Pois bem. Detectado o
equívoco, seguimos para a outra aeronave, desta feita bem visível, e, ao
entrar, já refeita da raiva que, graças a Deus, é de má qualidade, porque dura
muito pouco, perguntei bem alto aos comissários que se encontravam aa porta: Como já pegamos um bonde errado, logo ali,
esse avião vai para Salvador?
Os passageiros que
estavam nas poltronas dianteiras caíram na risada. E nós também.
Acomodei-me, como pude,
naquele espaço mais do que apertado e sosseguei meu espírito.
Entretanto, como a imaginação
só cessa quando quer, de repente, ri sozinha, ao ver nitidamente a confusa
cena: em pleno voo, ouço aquele tradicional bem-vindos
a bordo do voo 1230, com destino a Guarulhos e, em seguida, meu brado
aflito: Para, para, quero descer. Não
quero ir pra Guarulhos. Vou pra Salvador. Peguei o avião errado, gente,
depressa...
Maria Francisca – maio de
2015.
Amei prima. Texto gostoso de se ler e engraçado.
ResponderExcluirDesculpe, Raquel. Descuidei-me do blog e só hoje fui liberar os comentários. Agradeço a gentileza e espero contar com sua leitura. Beijos.
ExcluirJá pensou Francisca?! Crente que iria ver o Pelourinho, comer acarajé de Dona Cira e aproveitar a simpatia baiana e, de repente ter de encarar o trânsito, a pressa e a loucura paulistas!!! Para esse avião que ela precisa descer!!! rsrsrs
ResponderExcluirNey, como sou descuidada, não? Nem me lembrei de liberar os comentários. Peço desculpas. Obrigada pela leitura. Beijos.
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