AQUELA JUÍZA É O CÃO
Na Justiça do Trabalho, como nos Juizados Especiais, quando o autor não comparece à primeira
audiência, o processo é arquivado.
Corria o ano de 1994. Antes da lei 11.280/2006 que deu nova redação ao inciso II do art. 253 do CPC quando acontecia situação de arquivamento, o novo processo ajuizado era sorteado e poderia cair em qualquer Junta ou Vara. Então, era possível escolher-se o juiz, ou melhor, era possível, pelo menos, recusar, por vias transversas, um juiz que não se desejasse para atuar no seu processo. Era só deixar arquivar e esperar novo sorteio, quando entrasse com novo pedido.
Corria o ano de 1994. Antes da lei 11.280/2006 que deu nova redação ao inciso II do art. 253 do CPC quando acontecia situação de arquivamento, o novo processo ajuizado era sorteado e poderia cair em qualquer Junta ou Vara. Então, era possível escolher-se o juiz, ou melhor, era possível, pelo menos, recusar, por vias transversas, um juiz que não se desejasse para atuar no seu processo. Era só deixar arquivar e esperar novo sorteio, quando entrasse com novo pedido.
Eu era presidente da
então da 3ª Junta de Conciliação e Julgamento de Vitória, mas como antes
trabalhava em Linhares e logo que vim para Vitória, passei a ser
sistematicamente convocada para atuar no Tribunal, muitos advogados só me
conheciam de nome e isso provocava situações engraçadas.
Um dia, estava eu no
elevador bem lotado e um advogado conversava com uma senhora, que entendi ser
sua cliente. E dizia: Quando chegarmos ao
andar da Junta, entro na sala de audiência, para ver quem é o juiz que está
atuando, porque se for a juíza Maristela*, faço um sinal e você se manda,
porque aquela mulher é o cão. Eu ali
escutando e com vontade de rir, premeditando o assombro que causaria a ele,
quando descobrisse quem eu era.
Aí, o elevador parou num andar, um advogado me viu e me gritou de lá: Dra. Francisca, que prazer vê-la aqui! O coitado do advogado que acabara de falar aquele disparate, nem olhou pra trás. Saiu atropelando todo o mundo e se safou porta afora para se livrar de olhar para mim.
Aí, o elevador parou num andar, um advogado me viu e me gritou de lá: Dra. Francisca, que prazer vê-la aqui! O coitado do advogado que acabara de falar aquele disparate, nem olhou pra trás. Saiu atropelando todo o mundo e se safou porta afora para se livrar de olhar para mim.
Acredito que nunca mais
ele vai falar qualquer coisa em elevador.
* Nome fictício.
Moral da história: cuidado com o que fala... principalmente dentro do elevador... e sobretudo se v. for advogado e estiver no Tribunal! (rsrsrsrs) Abraços!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkk.... Fiquei aqui rindo muito do seu causo. Quem me dera poder ter escolhido a juíza de pequenas causas... Mesmo não falando com ninguém no elevador, seria interessante para o meu caso, uma que tivesse bom senso, mas... Acabei perdendo a causa por ela achar que não tinha provas o suficiente (isso pq tinha os cheques e o orçamento do pilantra), mas... Vamos voltar para o seu causo que é mais interessante, pois fico possessa e com muita raiva.
ResponderExcluirConversar alguns assuntos no elevador não é nada bom, correto?
Beijos mil
Amigos, grata pela leitura e pela amizade.
ResponderExcluirA industria das ações trabalhista é uma realidade, "mas boca fechada não entra mosquito e nem sai confidências em elevador".Rs.
ResponderExcluirA industria das ações trabalhista é uma realidade, "mas boca fechada não entra mosquito e nem sai confidências em elevador".Rs.
ResponderExcluirA industria das ações trabalhistas é uma realidade."Boca fechada não entra mosquito e nem confidências no elevador". Rs.
ResponderExcluirPois é. Conversar demais dá nisso. ..rs.
ExcluirMaria Francisca: fazendo tour pelo seu blog e adorando...abraços carinhosos
ResponderExcluirQuer bom, Lia. Você é um amor! Grata, Bjs.
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